terça-feira, 8 de maio de 2018

Considerações sobre preservação predial, depois do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo

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Considerações sobre preservação predial, depois do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo


04/05/2018 | Notícia | Centro Brasileiro da Construção em Aço

Uma edificação, seja ela residencial, comercial ou industrial, deve, periodicamente, passar por manutenção conforme as normas brasileiras.

Essa manutenção é extremamente importante para preservar as características estruturais da edificação, evitando-se assim o colapso de suas partes ou do seu todo.

Reformas, alterações, por subtrações ou adição, também são pontos de cuidado quando realizadas nas edificações. Todo projeto prevê o uso e as ações que serão aplicadas em uma edificação.

Quando se faz necessária a alteração de qualquer item, o todo deve  ser  pensado. Seja por reforços estruturais, seja por compartimentação dos ambientes, tudo depende do que se propõe de novo para o edifício.

Sem essas premissas, infelizmente, vidas são levadas, como  no caso do  desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no largo do Paissandu, no centro da cidade de São Paulo, no último dia 1º de maio.

Independente do sistema estrutural empregado, um edifício deve seguir as normas técnicas brasileiras vigentes e elaboradas para evitar perdas de vidas e do bem patrimonial.

A norma ABNT NBR 14432, por exemplo,estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais ede compartimentação que integram os edifícios para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural.

Já a norma ABNT NBR 15200 estabelece os critérios de projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio e a forma de demonstrar o seu atendimento.

A exigência de resistência ao fogo de um edifício é estabelecida em forma de tempo, TRRF – Tempo Requerido de Resistência ao Fogo, e é mais alta à medida  que o risco à vida humana é considerado maior, devido à ocupação e a altura do edifício.

Todo projeto aprovado para uso é antes aprovado por um corpo técnico do município onde ele se encontra. Dentre esses técnicos, está o corpo de bombeiros, que o analisa e o aprova, ou não, em relação às normas vigentes que foram elaboradas para assegurar a vida de seus usuários.

Para os projetos em estruturas de aço não é diferente: há normas específicas para o sistema, como a ABNT NBR 14323 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio.

São normas que garantem a integridade da edificação em caso de incêndio e preservam vidas. Vale ressaltar que essas estruturas são amplamente utilizadas nos países desenvolvidos chegando a aproximados 70% das
edificações multipavimentos comerciais na Inglaterra, por exemplo.

Também nesses países o cuidado em relação ao fogo é alto e tratado como 
prioridade. Para essas estruturas há ainda vários sistemas de revestimento complementares contra fogo, que isolam ou retardam o incêndio nas mesmas, como exemplo as tintas intumescentes, as argamassas projetadas, dentre outras.

Vários foram os investimentos da indústria para desenvolver materiais eficientes, de qualidade e em acordo com o exigido pelos órgãos competentes.

Existem ainda outros sistemas de proteção contra incêndio, que evitam a proliferação do fogo, seja por compartimentação, enclausuramento das escadas, portas corta-fogo, chuveiros automáticos, dentre outros.

Deve-se, nesse sentido, sempre recorrer às normas em vigor, para a elaboração do projeto de uma edificação, para garantir a preservação das vidas.


FONTE: CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço.
Disponível em <http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7510 > Acesso em 08.05.2018.

 
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