quarta-feira, 26 de setembro de 2018

URV – PLANO REAL – POPULISMO – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – PEDALADAS – NÃO CUMPRIMENTO DOS ORÇAMENTOS – EXCESSOS DE GASTOS PÚBLICOS – DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – FALÊNCIA DO SISTEMA POLÍTICO – RECESSÃO – DESEMPREGO – DESASTRE ECONÔMICO.

Unidade real de valor (URV) foi a parte escritural da atual moeda corrente do Brasil, cujo curso obrigatório se iniciou em 1º de março de 1994[1]. Foi um índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores. Teve curso juntamente com o cruzeiro real (CR$) até o dia 1º de julho de 1994, quando foi lançada a nova base monetária nacional, o real (R$).

Instituída pela Medida Provisória nº 482 (posteriormente transformada na Lei nº 8.880[2]), foi a segunda etapa do Plano Real, sendo uma parte fundamental deste Plano, já que contribuindo positivamente para a mudança de moeda, para a estabilização monetária e econômica, sem medidas de choque como confiscos e congelamentos.

O ministro da Fazenda responsável em gerir a equipe de economistas que planejaram a entrada do real como moeda corrente no Brasil e foi o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, futuramente eleito Presidente da República em outubro de 1994. 

Todavia, quem era o ministro da fazenda quando se pós em pratica o plano foi Rubens Ricupero tendo sido prosseguido por Ciro Gomes que continuou no cargo até o fim do governo Itamar Franco.

Valor diários da URV por semana (cruzeiros reais)
1ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 2ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
28/02
01/03
647,50
02/03
657,50
03/03
667,65
04/03
677,98
Data
Valor
07/03
688,47
08/03
699,13
09/03
709,96
10/03
720,97
11/03
732,18
3ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 4ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
14/03
743,76
15/03
755,52
16/03
767,47
17/03
779,61
18/03
792,15
Data
Valor
21/03
805,53
22/03
819,80
23/03
834,32
24/03
849,10
25/03
864,14
5ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 6ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
28/03
879,45
29/03
895,03
30/03
913,50
31/03
931,05
01/04
931,05
Data
Valor
04/04
931,05
05/04
948,93
06/04
967,16
07/04
985,74
08/04
1.004,68
7ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 8ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
11/04
1.023,98
12/04
1.043,65
13/04
1.063,70
14/04
1.084,13
15/04
1.104,96
Data
Valor
18/04
1.126,18
19/04
1.147,81
20/04
1.169,80
21/04
1.191,93
22/04
1.191,93
9ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 10ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
25/04
1.313,97
26/04
1.235,99
27/04
1.258,12
28/04
1.280,19
29/04
1.302,65
Data
Valor
02/05
1.323,92
03/05
1.345,54
04/05
1.367,56
05/05
1.389,94
06/05
1.412,74
11ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 12ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
09/05
1.435,92
10/05
1.459,76
11/05
1.484,27
12/05
1.509,20
13/05
1.534,66
Data
Valor
16/05
1.560,55
17/05
1.586,87
18/05
1.613,64
19/05
1.640,86
20/05
1.668,54
13ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 14ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
23/05
1.696,69
24/05
1.725,31
25/05
1.754,41
26/05
1.784,00
27/05
1.814,09
Data
Valor
30/05
1.844,69
31/05
1.875,82
01/06
1.908,68
02/06
1.942,11
03/06
1.942,11
15ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 16ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
06/06
1.976,13
07/06
2.010,74
08/06
2.046,38
09/06
2.082,65
10/06
2.119,80
Data
Valor
13/06
2.157,78
14/06
2.196,55
15/06
2.236,02
16/06
2.276,91
17/06
2.318,55
17ª semana Seg Ter Qua Qui Sex 18ª semana Seg Ter Qua Qui Sex
Data
Valor
20/06
2.361,49
21/06
2.406,05
22/06
2.452,17
23/06
2.499,18
24/06
2.547,09
Data
Valor
27/06
2.596,58
28/06
2.647,03
29/06
2.698,46
30/06
2.750,00
01/07
R$ 1,00

URV – PLANO REAL – POPULISMO – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – PEDALADAS – NÃO CUMPRIMENTO DOS ORÇAMENTOS – EXCESSOS DE GASTOS PÚBLICOS – DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA – FALÊNCIA DO SISTEMA POLÍTICO – RECESSÃO – DESEMPREGO – DESASTRE ECONÔMICO.

A realidade que teve como início a implantação da NOVA REPÚBLICA no Brasil.
Saiba mais sobre a URV, PLANO REAL e os oportunistas da nação brasileira.
 
A compreensão dos acontecimentos econômicos até chegarmos a URV, para melhor entendimento dos usuários, leitores em geral, é preciso mostrar onde começou o populismo no Brasil, em quais governos; seus planos econômicos mirabolantes (Plano Cruzado, Bresser, Verão); Plano Collor com o maior confisco de ativos da história econômica do país, bem como nos impedimentos ocorridos, a posse de Itamar Franco e a criação do Plano Real.

Após a implantação dessa mecânica econômica em criar uma NOVA MOEDA sem lastro nenhum, sem lastro econômico (equivalência em OURO, RESERVAS, PIB, riquezas produzidas pelos brasileiros, dentre outras), o Plano Real realizou um congelamento de preços, de maneira muito disfarçada dentro do emaranhado econômico e matemático, de conversão de índices, URV, CR$, R$.

Essa confusão tirou o foco e a atenção dos brasileiros em geral, acreditando ser o Real - Plano Real, originado da URV, uma moeda forte. Hora, os absurdos na economia e os disparates dessa engenharia econômica, propiciaram para a moeda Real R$ ter na ocasião maior valor em relação ao Dólar Americano US$. A inversão cambial levou ao desequilíbrio das contas de importação e exportação, atingindo milhares de empresas e indústrias que oram eram exportadoras, e ou importadoras.

Tamanha aberração econômica levou o país a condenar milhares de empresas brasileiras, principalmente àquelas de manufaturas, que tinham para produzir além de insumos e matérias primas, altos impostos, bem diferente do que ocorria na competição dos mercados internacionais. Aquelas menores, empresas atacadistas, varejistas, indústrias de tecnologia brasileira, foram sufocadas pela falta de crédito e capital de giro, devido à insistência na manutenção das aberrações cambiais praticadas pelo Banco Central Brasileiro.

A experiência após 1994, com a aparente estabilidade da moeda, diminuição da inflação em números de um dígito, gerou uma euforia na população, acreditando ser um novo caminho (sem bem entender como ele foi idealizado na engenharia econômica do governo Itamar Franco).

O Brasil, para sustentar o equilíbrio da moeda Real R$, após já na gestão do presidente FHC - Fernando Henrique Cardoso começou a vender patrimônio nacional, em leilões de venda de empresas ditas deficitárias.

O patrimônio do subsolo e das riquezas minerais é do povo brasileiro, e a exploração delas, deveria ser modificada para CONCESSÕES ONEROSAS, ou seja, um princípio que o país aceita que terceiros e ou concessionários, realizem a exploração de nosso minério e riquezas minerais, porém, sob um regime de concessão, onerosa porque as riquezas são do povo brasileiro, e estão em território da nação brasileira.

Apenas como rápida citação, uma das siderúrgicas brasileiras foi leiloada por valores na época comemorados pelo governo federal e a gestão FHC. Os números na ocasião atingiram a marca de R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), depositados e destinados para o Tesouro Nacional do Brasil, e sustentando e dando lastro para a moeda Real R$.

Muitos dos nossos atuais problemas vieram dessa mágica econômica, que só o Brasil realizou no mundo, e alguns especialistas criticaram e ainda criticam o modelo, e outros, entendem o contrário.

Sabemos que o sistema financeiro brasileiro, com os poucos bancos dominando o mercado ficaram muito bem no plano, pois nunca ganharam tanto com o financiamento da DÍVIDA PÚBLICA brasileira, que os cidadãos conhecem atualmente como aplicar em Títulos do Tesouro.

Porém, as taxas oficiais de juros no Brasil, são traduzidas pelo COPOM, um conselho monetário ligado ao Banco Central Brasileiro, que coloca os valores das taxas de juros, a conhecida SELIC. Porém, imaginamos que a SELIC tenha variado de 4% ao ano até 15 % ao ano.

O custo do dinheiro na nação brasileira deveria permanecer nas faixas oficiais e orientadas para os negócios financeiros em geral. Porém, o inverso ocorre, ou seja, os juros brasileiros são aplicados ao bel prazer dos bancos privados, lembrando uma espécie disfarçada de cartel financeiro, devido à baixa concorrência de bancos e agentes financeiros, sugerindo ainda, a existência de monopólios de grupos financeiros.

Todas essas distorções acabam por inflar os custos operacionais das empresas no Brasil, Seja com as pessoas físicas e ou pessoas jurídicas, o alto custo do dinheiro para fins de produção, investimentos, torna praticamente inviável trabalhar com juros de 100% - 200% - 300% ao ano. É um disparate econômico, pois a distorção é de tal grandeza que inverte os papeis do mercado financeiro e econômico do Brasil.

Para rápidos exemplos, várias empresas que queiram aumentar sua capacidade de produção (manufaturas, agrícolas, serviços, comércio, atacados, de pesquisas, científicas, etc), precisam contratar crédito para os necessários investimentos em compra de novas máquinas mais produtivas, com tecnologias mais atualizadas, e ou, ainda, aumentar fisicamente suas sedes, fábricas, chão de fábrica, ou ainda, investir na qualificação de sua mão de obra e na tecnologia produzida na própria unidade de negócios.

Ao se deparar com as taxas absurdas cobradas por todos os bancos com portas abertas no Brasil, os investidores e empresários sentem os altos custos de financiamento dos seus negócios. Com isso, não existem investimentos em novos equipamentos e máquinas para a melhoria da produção, e com isso, em economia de escala, quanto mais produtos se produz por unidade de tempo, os custos internos de produção tendem a diminuir. Porém, além disso, os impostos no Brasil tiveram crescimentos desastrosos, ou seja, somos uma nação que mais cobra impostos de quem quer produzir no Brasil.

Impostos altíssimos, taxas de juros insuportáveis, motivaram empresas a não terem como escapar dessa grande armadilha. O sistema financeiro deixou na realidade de financiar a produção, as empresas brasileiras, e virou um grande agiota que cobrando elevadíssimas taxas de juros, acabaram invertendo o fluxo de capital.

O sistema financeiro brasileiro acabou tirando mais dinheiro das pessoas físicas e jurídicas, ocorrendo o caminho oposto do financiamento. Ou seja, os capitais de giro e reservas de empresas em geral e empresários, pequenas empresas e negócios, pequenos prestadores de serviços tiveram seu dinheiro sendo transferido para os COFRES DOS BANCOS NO BRASIL.

Essa realidade persiste com quem queira ter um pequeno negócio no Brasil. Faça as contas, e veja quanto irá ter que pagar para produzir no país em impostos, contribuições, taxas e tributos, bem como, quanto custará o dinheiro necessário para o capital de juros, ou seja, comprar equipamentos, matérias primas, instalações, funcionários e seus encargos sociais, liquidez para pagar seus fornecedores em dia. E ainda, serão que essas empresas conseguem vender seus produtos, manufaturas, tecnologias, À VISTA?

Em geral, no mercado interno, as vendas são a prazo, ou seja, aquela empresa que quer sobreviver nesse mundo paradoxal e incoerente terá que ter um capital de giro suficiente para suportar as vendas realizadas À PRAZO aos seus clientes.

Nosso mercado é no ramo da engenharia civil nacional. Somos engenheiros civis, e empresários. Porém, não temos como captar recursos e modernizar nossos canteiros de obras, sem investimentos em equipamentos que nos permitam aumentar a baixa produtividade existente no setor da construção civil. Equipamentos tipo, gruas, elevadores de obra, guarda corpos em edificações verticais, escoras e escoramentos, materiais de proteção e segurança do trabalho - EPI - equipamentos de reciclagem de entulhos cerâmicos e demais, dentro dos canteiros brasileiros.

A construção civil no Brasil é outro setor que leva nas costas um atraso conceitual econômico e tecnológico de mais de 40 anos. A baixa qualificação dos brasileiros que acabam indo trabalhar na construção civil brasileira apresenta baixa qualificação profissional, baixo nível educacional, até mesmo totalmente analfabeto.

São milhões de trabalhadores nessas condições, e o populismo dos governos, comemora quando o número de carteiras assinadas cresce, porém, são de brasileiros que ganham menos e não estão e estarão qualificados a empresas que venham utilizar tecnologias modernas na produção da construção civil brasileira.

Como investir no aumento de produtividade no setor, se os juros são exorbitantes e não são absorvidos nos custos dos empreendimentos. Ainda, como financiar novos equipamentos, sem o endividamento das empresas construtoras honestas, que realizam obras sem participação de licitações ilícitas e fraudes, como ocorrem atualmente em obras ligadas ao programa Minha Casa Minha Vida.

Se a construtora for honesta, não têm condições de fazer esses empreendimentos sem utilizar caminhos e procedimentos ilícitos, que as levarão a situação de prática de crimes, conforme a nação aprendeu ao ver gigantes do setor da construção civil, com seus diretores e engenheiros, presos e condenados por crimes diversos.

Voltando a questão primordial desta publicação, a URV e o Plano Real, criaram diversas distorções e pior, o crescimento da DÍVIDA PÚBLICA INTERNA no Brasil, paga juros exorbitantes, tomando um enorme percentual daquilo que a nação produz - PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, uma grande transferência de recursos públicos para os bancos que compram os títulos da dívida pública. Juros exorbitantes, com a maior carga tributária no planeta (tirando um ou outro), são as grandes dificuldades em geração de empregos no nosso país.

Além dos governos gastaram bilhões nos JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA, os recursos em geral, estão sendo geridos de maneira estranha; a boa fé pública, ou seja, aos agentes públicos eletivos e agentes públicos funcionais (concursados), e ainda aqueles agentes públicos indicados em cargos em comissão, realizam uma gestão ineficiente e incompetente com relação aos controles básicos de qualquer setor econômico.

Uma premissa popular, que nunca deveremos gastar mais do que recebemos, ora como salários, comissões, dividendos, etc. Se isso ocorrer, nossos recursos ativos (dinheiro em espécie, poupanças, investimentos, reservas) irão sumir, e iremos para o lado VERMELHO de nossas contas, ou seja, teremos que pedir dinheiro emprestado com amigos, parentes e ou bancos. Assim, as pessoas físicas começam a ficar endividadas literalmente, e com os juros exorbitantes, acabam criando um gigantesco problema econômico para suas famílias e vidas.

As pessoas físicas e pessoas jurídicas para o seu planejamento, realizam a apuração dos seus custos fixos mensais e anuais, bem como suas receitas operacionais ou de outras atividades. Assim, entende-se que o planejamento doméstico e ou empresarial, passa pelo conceito de orçamento, ou seja, levantamento dos recursos que estarão disponíveis e em qual tempo, em relação das obrigações gerais com pagamentos para alimentação, transportes, sociais, lazer, escolares, e os impostos devidos.

Diante de contas simples, de aritmética, saberemos se teremos um fluxo positivo (quando as receitas são maiores que as despesas) ou um fluxo negativo (quando as despesas são maiores que as receitas). Conforme os levantamentos e controles de contas, obrigações, receitas, os cidadãos brasileiros saberão se terão recursos suficientes para cumprir com todas as suas obrigações sociais, de vida e com o fisco.

Nesse momento, existe o que chamamos de corte de despesas, ou ainda, adequação das receitas e despesas. Muitas famílias brasileiras já vêm cortando seus orçamentos há décadas, ou seja, aqueles gastos considerados desnecessários possam a vir ser cortados e ou diminuídos, visando sempre o equilíbrio do fluxo de caixa familiar. Para as pessoas jurídicas em geral, além dos controles contábeis, livros obrigatórios de registros, o raciocínio é o mesmo, ou seja, cortar despesas e adequar os gastos com a realidade por que passam.

As empresas em geral, quando se vem em situação de fluxo de caixa negativo, sofrem fatores da macro economia, ou seja, crises mundiais e ou até nas regiões brasileiras poderão mudar a dinâmica dos seus negócios, ou seja, promovendo uma queda no faturamento, e com isso, frustrando o planejamento realizado. Diante de circunstâncias gerais que são impactadas do mundo exterior ao das empresas, são necessários os devidos ajustes, visando sempre buscar o equilíbrio das receitas e despesas.

Não é nenhuma tarefa fácil, praticar e administrar uma empresa sejam ela de qualquer tamanho. A gestão empresarial é um grande desafio para milhares de micro empresários no Brasil, bem como pequenos empresários, que são a grande maioria de negócios que empregam pessoas na nossa nação.

Os governos deveriam proceder da mesma forma, com a mesma responsabilidade perante seus credores e bem como nas receitas oriundas dos impostos, contribuições, taxas e tributos existentes nas esferas da União, Estados e Municípios. No caso da gestão pública, a responsabilidade e o compromisso na boa fé da gestão da coisa pública passam por princípios constitucionais, citados na nossa CF - Constituição Federal vigente.

Também, ao analisar o aparato da LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, temos um excesso de leis, um elenco mais que suficiente para que os agentes públicos eletivos, e demais agentes públicos, realizem a gestão da coisa pública, visando sempre, a contenção de despesas, corte de consumo de insumo, produtos e corte geral nas despesas com pagamento de horas extras, benefícios que foram implantados por leis específicas, porém não respeitando a LRF - Lei da Responsabilidade Fiscal.

De maneira simplista e genérica, seria gastar o previsto nas receitas, e bem como, adequar os gastos (diminuindo e cortando os excedentes) para o equilíbrio das contas públicas, sejam elas de municípios, estados e união. Entretanto, apesar de ampla legislação e penas para aqueles que não venham a cumprir com o dispositivo legal, o Brasil, como uma República Federativa apresenta graves problemas de contas e recursos, ora insuficientes para o cumprimento de folhas de pagamentos, pagamentos aos fornecedores dos municípios e estados em geral, e também com compromissos federais, devidos pela União.

Quando não ocorrem os pagamentos, são geradas situações negativas, ou seja, as despesas são maiores que a própria arrecadação. Às vezes, existe casos que a arrecadação é super avaliada no orçamento, para dar o suposto equilíbrio fiscal, porém ela não seguiu a realidade, ou seja, ocorreu um lançamento de valores aquém da realidade, tornando-se as contas públicas negativas com estados, municípios, a exemplo.

Alguns estados e municípios brasileiros se encontram popularmente "quebrados" ou falidos. Apresentam dívidas muito acima da capacidade de pagamento. Com isso, os gestores públicos deverão ser responsabilizados pelos danos ocasionados à população, aos serviços prestados e não pagos, aos fornecedores de insumos, produtos, equipamentos, veículos, energia, etc, e com compromissos tributários e fiscais, perante recolhimento de contraparte trabalhista de seus servidores públicos, como o pagamento do INSS, etc.

Não é intenção neste momento, citar estados e ou municípios que estão em situação irregular perante a lei - LRF. Os orçamentos não estão sendo cumpridos e a gestão pública não fez anteriormente os ajustes e cortes de despesas, adequando a realidade de receitas gerais.

O Plano Real possibilitou a implantação de mecanismos de controle anuais, com muita antecedência, ou seja, com as chamadas demandas, programas de governo, obras obrigatórias, manutenção do meio urbano e rural, provimento de serviços essenciais e obrigatórios para a população, planejamento de obras e investimentos em novos programas, dentre outros.

Essa importante peça é conhecida como PPA (Plano Plurianual) onde os programas de secretarias, autarquias e administração direta e indireta, apresentam seus objetivos e finalidades de investimentos, gastos, visando satisfazer demandas para a população.

Esse exercício fiscal é uma prévia dos próximos anos da administração pública, e nenhum gestor público poderá lançar um projeto e ou programa, que não esteja previsto antecipadamente no ORÇAMENTO FISCAL dos municípios, estados e União.

Não se podem criar despesas e gastos, com obras, projetos sem que eles estejam previstos e dentro do planejamento realizado pelo plano PPA. Todos os municípios, estados e união deverão apresentar seus orçamentos fiscais, para o próximo exercício, apontando as fontes das receitas efetivas e demais receitas próprias, bem como, apontando as despesas com funcionalismo, servidores públicos e demais despesas administrativas para a manutenção dos municípios, seus estados bem como a União Federal.

Também rapidamente, e de maneira simplista citaremos que a confecção dos ORÇAMENTOS PÚBLICOS, são obrigatórios e deverão ser apresentados antecipadamente ao próximo exercício.

Quem irá recepcionar o orçamento, encaminhado pelo poder executivo local, serão os membros dos poder legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais) que irão analisar as peças orçamentárias, visando corrigir os erros e excessos, bem como fiscalizar a origem dos recursos, e para onde serão encaminhados e aplicados.

Trata-se de dinheiro público, de origem junto aos contribuintes brasileiros e do povo brasileiro. Assim, as leis de diretrizes orçamentárias, são peças obrigatórias para serem apresentadas e discutidas entre os poderes executivo e legislativo brasileiros.

A falta de um ou outro, implicará em penalidades, cuja função nesse caso extrapola dos poderes envolvidos, ou seja, vão ser analisadas as contas por TC - Tribunais de Contas, estaduais e federais.

O poder legislativo precisa aprovar os orçamentos, para a legalidade das atividades de gestão pública. Muitos municípios deixam para a ultima hora a apresentação desses documentos fiscais diante os vereadores, dificultando uma análise mais crítica sobre a peça encaminhada. Aprovado ou não os orçamentos, eles serão publicados nos respectivos diários oficiais municipais, estaduais e da união.

Caso exista a rejeição da peça orçamentária, caberá ao poder executivo retificar e corrigir aonde apontados forem procedimentos que constrangem a aplicação da lei, a transparência nos gastos públicos e a probidade administrativa. Após as correções e modificações, o reenvio para os poderes legislativos no Brasil, para sua aprovação, lembrando sempre que antes do término do exercício e ano fiscal vigente.

O que ocorre no Brasil atualmente? É o descumprimento do ORÇAMENTO, ou seja, os gestores públicos através de atos de irresponsabilidade fiscal acabam gastando valores acima do previsto nas peças orçamentárias, criando despesas no próprio exercício sem justificativas previstas em lei, bem como, descumprir com obrigações e pagamentos de compromissos assumidos.

Casos de punição, com a "maquiagem das prestações de contas do exercício", omitindo obrigações e ou majorando de maneira irreal, receitas que não existiram. Assim, os TRIBUNAIS DE CONTAS exercem fundamental papel no controle das contas públicas dos agentes e gestores públicos brasileiros.

Também, os próprios tribunais de contas, onde a grande maioria de seus membros são escolhidos e indicados por partidos políticos e seus apadrinhados, apresentam problemas quanto a regular e efetiva realização da fiscalização das contas de quem quer que seja; presidentes da república, governadores e ou prefeitos das cidades no Brasil.

Tivemos na capital do país, Brasília, DF, um caso seríssimo de ilicitudes na fiscalização de anos e anos de contas de presidentes da república, aonde os escândalos vieram à tona, e toda a sociedade se revoltou para imperícia, e improbidade administrativa, e a falta de respeito e compromisso com o povo brasileiro, em não julgar contas no seu tempo legal. Tais acontecimentos, como exemplo, envolvem o TCU - Tribunal de Contas da União, sediado em Brasília, DF.

Gestores públicos tem uma séria responsabilidade na gestão do dinheiro público, dos recursos do povo brasileiro. Cometem crimes aqueles que se beneficiam de forma ilegal, visando obter para si próprios e ou terceiros, recursos destinados especificamente à gestão do país, uma imensa nação no continente da América do Sul.

O Brasil devido a todos os descumprimentos e responsabilidades legais, para com o cumprimento dos ORÇAMENTOS aprovados para serem executados e cumpridos, está sofrendo a sua pior crise fiscal e econômica jamais conhecida na história republica brasileira.

Contudo, os efeitos dessas gestões fraudulentas e ilegais, proporcionou o agravamento das condições da economia brasileira, com impactos diretos em empregados e empregadores, ambos pressionados por fatores de queda de vendas, queda de faturamentos e encomendas, alta desproporcional da moeda americana US$ (dólar americano) e a desvalorização da nossa então moeda forte - R$ - o Real brasileiro. 

A cada vez que temos a desvalorização do Real R$, a nação inteira fica mais pobre, não importa quem seja ricos ou pobres.

Os descontroles sucessivos tiveram uma contribuição para o gigantesco crescimento da DÍVIDA PÚBLICA, extrapolando quaisquer valores plausíveis, caso os orçamentos e as leis fossem realmente cumpridas pelos seus gestores públicos.

Com isso, são bilhões de reais em recursos que são destinados ao PAGAMENTO DOS JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA, ou seja, um modelo de gestão que naufragou a nação em verdadeiro abismo econômico e fiscal. 

O cinismo de alguns agentes públicos no Brasil extrapolaram o senso ético e moral, o respeito para com o povo brasileiro. Ainda, aparelharam os poderes para implantar ideologias contrárias aos princípios defendidos por nossa gente, nosso povo e a própria constituição atual, vigente na nação brasileira. Bilhões foram roubados dos cofres públicos. Bilhões desviados dos cofres públicos. Bilhões roubados de empresas estatais, empresas mistas, autarquias e fundações.

A liquidez do estado brasileiro entrou em estado de alerta máximo, com consequências desastrosas para com os legítimos interesses da população. Investidores internacionais deixaram de aplicar recursos e empreender obras e fomentar investimentos no Brasil.

Os capitais de empresas multinacionais foram dormir em outras nações. A desconfiança na seriedade da gestão brasileira foi extrapolada além dos limites físicos das nossas fronteiras nacionais. Nosso respeito diante a comunidade internacional, foi abaixo. Com isso, ocorreu a pior RECESSÃO ECONÔMICA no Brasil, também nunca antes conhecida na história da nossa república.

Acabaram as vagas de empregos, e com elas, milhares de empresa fecharam suas portas. Sem opções, a indústria da construção civil, amargou sua pior crise, com a paralisação de milhares de obras e investimentos, devido à desconfiança do mercado e dos investidores. Além disso, milhares de pequenas e médias construtoras, passaram por gigantescas dificuldades financeiras, encerrando suas atividades, ou indo à falência.

O Plano Real trouxe ou não, a tão falada estabilidade econômica do Brasil?
Onde estão as reservas que poderiam ser utilizadas em suprir a nação, com políticas públicas honestas, visando gerar empregos em milhões de vagas, em todos os estados brasileiros?

Onde está às reservas da tão falada moeda forte, Real R$ em garantir a volta da normalidade em investimentos necessários em obras de infraestrutura nacionais, em todos os quatro cantos desse imenso território?

Onde estão os recursos desviados?

Onde estão os culpados em não cumprir com os ORÇAMENTOS PÚBLICOS, gerando o caos econômico e financeiro em dezenas de estados brasileiros e municípios?

O Brasil caiu num enorme atoleiro. E como poderemos sair dessa situação dramática?

Volto ao princípio da nossa matéria. Geração de riquezas, através da produção no país. Esse é o único caminho para gerar confiança nos mercados, acabar com privilégios e situações imorais diante o povo brasileiro.

O PIB - Produto Interno Bruto têm que apresentar crescimento de fato, e em volume e percentuais satisfatórios para uma nação do tamanho da nossa. E assim, serão criados os lastros financeiros verdadeiros, ou seja, nossa moeda irá ter uma contrapartida obtida pela produção, pelo investimento, pelo funcionamento das empresas, dos investimentos, das obras de infraestrutura que estrangulam as exportações brasileiras, tornando nossos portos marítimos e fluviais, os mais caros do mundo.

Esse modelo econômico, que foi subvertido por a grande maioria de partidos políticos e seus representantes, chegou a total estagnação. Não é mais possível tolerar que a irresponsabilidade fiscal, o descumprimento das leis, dos orçamentos e roubos continuem acontecendo, pois assim, o atoleiro irá aumentar, inviabilizando nossa rica nação, tomada por oportunistas, bandidos e vigaristas, e bancos agiotas que exploram quem produz; em governos que cobram indevidamente por IMPOSTOS sem o retorno para a sociedade brasileira.

Diante da realidade, o PLANO REAL levou o Brasil a uma situação de atraso tecnológico, dependência internacional de tecnologias, e importador de produtos manufaturados e exportadores de matérias primas.
Voltamos ao estado colonial.

Parece absurdo, mas não é. Exportamos matéria prima para os chineses, e compramos produtos manufaturados deles próprios, competição essa totalmente desfavorável ao Brasil, tendo em vista que a CHINA é um país dominado por uma casta COMUNISTA, e o seu povo, trabalhando por migalhas.

Ainda, a CHINA está rompendo com patentes e tecnologias, copiando e vendendo produtos iguais no mercado internacional, a preços muito abaixo dos necessários. 
O BRASIL precisa se impor diante desses países, ora como grande produtor de alimentos MANUFATURADOS (não exportar a soja em grãos apenas) e sim, os produtos manufaturados, como os derivados de proteína da soja (leite, carne, óleo comestível, biocombustíveis, etc).

Exportar carne, com boi em pé?

Exportar JUMENTOS por empresas chinesas no Brasil dos animais em pé?
 
Chegamos de fato ao desastre promovido pelos gestores e oportunistas do PLANO REAL, que transformaram este país novamente em COLÔNIA de países, como a China, e demais mercados.

As afirmações e conceitos elencados nesta publicação são de produção intelectual deste autor, oriundas de experiências de mercado, em atuações como engenheiro civil e empresário, construtoras e obras por este país afora.

Além disso, por mais de 30 anos convivemos com a profissão de Representante Comercial, junto a CORCESP - Conselho dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo, realizando vendas e negócios em dezenas de estados brasileiros.

Tivemos experiências em associações de classe, como a ACIRP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, experiência que nos proporcionou conviver com empresários de diferentes setores econômicos brasileiros, suas queixas, seus fracassos e seus sucessos.

No campo acadêmico, somos especialistas em Engenharia Urbana desde 1993, através de cursos realizados junto a UFSCar - Universidade Federal de São Carlos, campus de São Carlos, no Estado de São Paulo.

Nosso currículo acadêmico - LATTES poderá ser encontrado na plataforma Lattes.

Também tivemos por mais de 10 anos, experiências importantes na gestão pública de cidades brasileiras, onde aplicamos a legislação e o respeito que tivemos perante nossos contribuintes e munícipes.

Engº José Antonio Gonçalves .’.

Referências

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Portal da economia.
  1. Do pau-brasil ao real Caderno História do Jornal Gazeta do Povo de 21 de julho de 2013
  2. Site Presidência. «Legislação Brasileira». Consultado em 29 de junho de 2009.
  3. «ENGEFROM ENGENHARIA». ENGEFROM ENGENHARIA. Consultado em 27 de setembro de 2018.
  4. «ENGEFROM ENGENHARIA». ENGEFROM ENGENHARIA. Consultado em 27 de setembro de 2018.
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