sábado, 11 de julho de 2015

Atrasos na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida elevam prejuízos de construtoras

Gestão

Minha Casa Minha Vida

Atrasos na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida elevam prejuízos de construtoras

Demissões, obras paradas ou em ritmo lento são problemas comuns nos canteiros

Por Evelyn Oliveira
Edição 168 - Julho/2015
 

WASHINGTON ALVES
Com falta de recursos, obra de residencial com 76 unidades em MG segue em ritmo lento e deve atrasar até quatro meses, segundo construtora QBHZ
O prolongamento dos atrasos de pagamento na faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) causa problemas bem mais do que financeiros para as construtoras brasileiras. Segundo relatam associações do setor e empresários, a demora pode chegar a 90 dias, não há garantias de recebimento e os efeitos da mudança no fluxo de repasses incluem a diminuição no ritmo de obras, paralisações em canteiros, demissões em massa, restrições de crédito às companhias, abandonos de obras e até casos de recuperação judicial.
Os atrasos são um entrave para as construtoras desde o fim de 2013, segundo o vice-presidente de Habitação Popular do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon- SP), Ronaldo Cury, e, mesmo após o governo ter ampliado o intervalo para os repasses, ele diz que os atrasos se intensificaram. 
As medições no Estado só estão quitadas até o dia 14 de abril, de acordo com o executivo, que concedeu entrevista no início de junho. Em outras localidades, como Minas Gerais e Paraná, empresários relatam que parte dos pagamentos foi feita no início de março, e a demora voltou a ocorrer em abril.

Criticado pelo CAU/BR, Projeto de Lei que regulamenta a profissão de designer de interiores é aprovado na Câmara dos Deputados | aU - Arquitetura e Urbanismo

Criticado pelo CAU/BR, Projeto de Lei que regulamenta a profissão de designer de interiores é aprovado na Câmara dos Deputados | aU - Arquitetura e Urbanismo



Notícias

Criticado pelo CAU/BR, Projeto de Lei que regulamenta a profissão de designer de interiores é aprovado na Câmara dos Deputados

Parte do texto que permitia que pessoas com formação em nível técnico elaborassem e executassem projetos de obras foi excluída. Proposta agora segue para análise no Senado

Da redação da PINIweb

3/Julho/2015


 
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou no fim de junho o Projeto de Lei (PL) 4.692/2012, que regulamenta a profissão de designer de interiores. Como tramitava em caráter conclusivo, por já ter passado pelas comissões de Educação e de Trabalho, de Administração e Serviço Público, a proposta segue para análise do Senado.
O profissional é responsável por planejar e organizar espaços internos, visando o conforto e à estética, à saúde e à segurança. De acordo com o texto do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), para se tornar um designer de interiores é preciso ter diploma no curso superior chamado de design de interior ou design de ambientes, ou até em cursos correlatos como arquitetura e urbanismo, desde que se tenha pelo menos dois anos de experiência na área.
Assim, foi excluída do texto a parte que permitia tecnólogos em design e pessoas formadas em desenho industrial, artes plásticas e curso técnico em decoração ou em designer de interiores sejam designers de interiores. Esse era um dos pontos criticados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). Em nota divulgada no mês de maio, o órgão manifestou sua preocupação ao permitir "que pessoas sem a formação adequada realizem elaboração e execução de projetos de obras".
"Destaque-se ainda a incompatibilidade do projeto de lei com a Resolução CAU/BR Nº 51, que estabelece como atividade privativa de arquitetos e urbanistas a Arquitetura de Interiores", dizia a nota. Segundo o Censo da entidade, existem atualmente cerca de 19 mil arquitetos e urbanistas atuando majoritariamente na área, "todos legalmente habilitados a assumir responsabilidade técnica pelos projetos e obras que realizam".
No entanto, para o deputado Ricardo Izar "é inadmissível a reserva de mercado. Esses profissionais fizeram uma faculdade, se capacitaram para trabalhar na área e isso [reserva de mercado] prejudica o exercício da profissão".
Já para a presidente da Associação Brasileira de Designers de Interior, Renata Amaral, esse foi um passo importante. "O reconhecimento da sociedade já está ocorrendo, e falta a regulamentação. Por exemplo, quando uma nova regra vai ser feita na ABNT, ou num concurso de área pública, uma profissão não regulamentada não tem voz nem tem vez", explicou. A entidade estima existam mais de 180 escolas com o curso de design de interiores e que 80 mil profissionais atuam no mercado.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

PLANEJAMENTO PARA O APROVEITAMENTO RACIONAL EQUIPAMENTOS PARA AS OLIMPÍADAS RIO+2016.

Para vencer prazos apertados e evitar elefantes brancos, parte dos equipamentos para os jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 é projetada com sistemas construtivos industrializados e estruturas desmontáveis.
Conheça os destaques em construção no Rio de Janeiro.
Estruturas metálicas e de concreto pré-fabricado em arquibancadas e coberturas foram largamente utilizadas em diferentes obras do Parque Olímpico da Barra da Tijuca











      Duas premissas nortearam o planejamento do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016: o aproveitamento racional dos equipamentos utilizados nos Jogos Pan-americanos de 2007 e o legado do evento para a cidade. Em relação às próprias instalações esportivas, era necessário que fossem atendidos os requisitos estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e que, ao mesmo tempo, princípios como economicidade e simplicidade fossem garantidos.
Com a utilização dos equipamentos do Pan, nem tudo correu às mil maravilhas. O reaproveitamento não exigiu apenas que fossem realizadas adaptações em complexos como o Parque Aquático Maria Lenk - que receberá uma nova piscina de aquecimento e terá o sistema de iluminação reformulado. A organização do evento precisou também demolir o Velódromo que fora construído para o Pan, considerado inadequado para sediar os eventos de 2016.
Perspectiva artística do Parque Olímpico da Barra da Tijuca
"A decisão de construir um novo Velódromo foi baseada em um relatório da União Internacional de Ciclismo (UCI), após vistoria no antigo Velódromo. Segundo a UCI, dois pilares atrapalhavam a visão do público, dos telespectadores e dos árbitros. E a pista não permitia que os atletas atingissem a velocidade necessária para superar recordes olímpicos e mundiais", explica Roberto Ainbinder, diretor de projetos da Empresa Olímpica Municipal (EOM).
De acordo com Ainbinder, outros itens do antigo Velódromo comprometiam o desempenho dos competidores, como o fato de se tratar de uma edificação aberta. "Além disso, o Velódromo construído para os Jogos Pan-americanos tinha capacidade para 1.500 pessoas - e não os 5 mil assentos fixos necessários e área disponível para até 800 lugares temporários, previstos para os Jogos Olímpicos de 2016", acrescenta.
Quanto ao legado dos Jogos para o Rio, a prefeitura buscou exemplos de boas práticas nas cidades que sediaram os eventos anteriormente. Segundo Ainbinder, uma das inspirações foi o planejamento realizado em Londres, onde as melhorias urbanas na região do Parque Olímpico foram previstas para beneficiar a cidade em longo prazo. "O projeto olímpico do Rio segue a mesma lógica de priorizar o legado. A principal diferença é que nossas áreas olímpicas estão espalhadas por quatro regiões da cidade - Barra, Deodoro, Copacabana/ Flamengo e Maracanã. O objetivo é beneficiar diretamente uma parcela significativa da população, que deve chegar a 2 milhões de pessoas", aponta. 
No aspecto administrativo, a prefeitura buscou reduzir os gastos públicos por meio de parcerias público-privadas (PPPs), de forma que projeto, execução e gestão de uma parcela das obras olímpicas coube a um consórcio privado.
Mapa das instalações dos equipamentos esportivos dos jogos de 2016
Do ponto de vista técnico, um dos caminhos trilhados para empregar de forma mais eficiente os recursos investidos foi a opção pela arquitetura nômade, inédita na esfera dos Jogos. A ideia é que instalações que não terão uso após os eventos sejam inteiramente desmontadas e reutilizadas na construção de equipamentos permanentes para a cidade. "Um bom exemplo é a Arena do Futuro, que após 2016 será transformada em quatro escolas municipais", pontua o diretor. O uso intensivo de estrutura metálica, inteiramente aparafusada durante a execução - ou seja, dispensando-se soldagem na obra - é uma das soluções técnicas que conferem viabilidade ao conceito.
Não apenas as instalações temporárias foram projetadas levando-se em conta processos industriais de montagem. Estruturas metálicas e de concreto pré-moldado em arquibancadas e coberturas foram largamente utilizadas em diferentes obras do Parque Olímpico. A busca era não apenas por mais eficiência, mas sobretudo por velocidade na execução - uma vez que o cronograma de entregas é apertado e deve atender à agenda de eventos-testes que serão realizados antes dos Jogos.
Muitas vezes, tais soluções combinaram- se a tecnologias inovadoras, como o emprego de mastros de pinheiro- silvestre para suportar a fachada - no caso das Arenas Cariocas - e de steel deck forrado com placas de madeira, no Centro Aquático. Esse tipo de inovação surgiu para contemplar necessidades técnicas específicas ou para possibilitar que projetos arquitetônicos diferenciados pudessem se concretizar.
FONTE: CBCA - CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO.
Reportagem: Eduardo Campos Lima (colaborou: Gisele Cichinelli) 
Fotos: Divulgação Brasil 2016 / Gabriel Heusi

quarta-feira, 8 de julho de 2015

CASA ECOLÓGICA - Conheça as diferenças e importantes procedimentos para o tratamento ecológico do esgoto.

CASA ECOLÓGICA

ENGEFROM ENGINEERING
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CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA - 2015 - Descendo a ladeira com milhares de demissões em todo o país.


CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA – 2015- DESCENDO A LADEIRA COM MILHARES DE DEMISSÕES EM TODO O PAIS.


UMA NOVA ABORDAGEM E DISCUSSÃO PARA O IMPORTANTE SETOR PRODUTIVO – INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL.
1. CONGRESSO NACIONAL, GOVERNO FEDERAL E A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO.
A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta-feira (25), por 253 votos a favor, 144 contra e uma abstenção, o texto-base do Projeto de Lei 863/15, que reduz as desonerações das folhas de pagamento de 56 segmentos da economia, aplicadas desde 2011. Ainda falta analisar os destaques apresentados ao substitutivo do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), mas, caso não haja novas mudanças, o setor da construção civil estará fora do benefício.
Peça-chave do ajuste fiscal do governo, o projeto de lei estabelece que empresas que pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) passarão a contribuir com 2,5%. Já os setores que hoje pagam alíquota de 2% passarão a contribuir com 4,5%.
Segundo o governo, o reajuste é necessário para reequilibrar as contas devido à grande renúncia, que atingiu R$ 21,5 bilhões em 2014, valor 62,8% superior aos R$ 13,2 bilhões não arrecadados em 2013.
O substitutivo de Picciani traz, no entanto, algumas mudanças no texto original do projeto de lei. São elas: o aumento da taxa de 2% para 3% no caso dos setores de call center e de transportes rodoviários, ferroviários e metroviários de passageiros; de 1% para 1,5%, nas empresas jornalísticas, de rádio e TV, no setor de transporte de cargas, no transporte aéreo e marítimo de passageiros, nos operadores de portos, no setor calçadista, e na produção de ônibus; e, por fim, a continuação do tributo de 1% da receita bruta no setor de carnes, peixes, aves e derivados.
Assim, ficou de fora da desoneração o setor da construção civil. Caso não haja uma nova alteração no texto-base do projeto de lei e na sanção da presidente Dilma Rousseff, o segmento que hoje paga alíquota de 2% passará a contribuir com 4,5%. O texto, no entanto, determina que as obras iniciadas em abril de 2013 e até o dia anterior à futura lei continuarão pagando 2% até seu encerramento para evitar problemas relacionados à regularização tributária que poderiam ser ocasionados por tarifas diferentes.
Vale lembrar que na semana passada o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) enviou comunicado alertando que sem a desoneração a estimativa é de que a indústria da construção encerre 2015 com 2,83 milhões de empregados com carteira assinada, o que representa uma queda de 480 mil postos em relação a dezembro de 2014, e 180 mil a mais do que o esperado anteriormente (300 mil). Além disso, a entidade também avalia que a conjuntura econômica ainda poderá piorar nos próximos meses.
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Nota:
Obra construção Edifício MontHelena - Ribeirão Preto - SP.
Obra construção Edifício MontHelena – Ribeirão  Preto – SP.
A nossa principal intenção, é divulgar noticias que afetam diretamente o setor da construção civil brasileira, e quais são as consequências dessa indústria, não ter uma política de ESTADO, POLÍTICA DE ESTADO BRASILEIRO, independente de partidos políticos, com planejamento e critérios a médio e longo prazos.
É incompreensível no BRASIL, com uma vasto território, onde a nossa população é insuficiente para preencher os espaços urbanos e rurais nos estados brasileiros, bem como, não existir políticas embasadas na nossa realidade, que satisfaçam os anseios da maioria da população, que é ter sua casa própria, seu apartamento próprio, sua chácara própria, sua pequena propriedade própria.
O extinto BNH – BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO, que financiava os empreendimentos através das cooperativas regionais de habitação, popularmente conhecidas como COHAB – tinham um procedimento e planejamento a nível de estado, fazendo dessa política pública, aplicação em qualquer região do interior do país, em grandes cidades, capitais, etc.
Até quando, vamos conviver com essa fragilidade de programas lançados sem o compromisso de ESTADO. O governo federal, erra mais uma vez em teimar em implantar programas legendários, ligados a partidos políticos. HABITAÇÃO, HABITAÇÃO POPULAR, é um dever do estado brasileiro, conforme publicado na nossa atual Constituição Federal.
O BRASIL, merece respeito. A população brasileira, merece respeito. A construção civil brasileira, merece respeito.

Aumento da tarifa de luz; ILEGALIDADE - Leia o artigo e verifique as ilegalidades.

FROM REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS: Aumento da tarifa de luz; ILEGALIDADE: Aumento da tarifa de luz: ilegalidade Salvar  •  167 comentários  •  Imprimir  •  Reportar Publicado por  Georges Humbert

Aumento da tarifa de luz: ilegalidade

Publicado por Georges Humbert - 4 semanas atrás
160
Recentemente o Governo Federal, através de ato do Poder Executivo produzido pela agência Reguladora competente, tem autorizado substanciais aumentos na tarifa a ser paga pelos usuários do serviço de energia elétrica, alcançando, em média, quase 50%. Trata-se de aumento ilegal.
Primeiramente porque viola o princípio constitucional da eficiência, previsto no art. 37. Isto porque, é dever da administração pública planejar as políticas públicas. Porém no caso, é notório que não ocorreu, pois em 2013 houve redução tarifária, estímulo ao consumo e má gestão da política de geração de energia, derivando para o uso de matrizes de produção mais onerosas, por culpa exclusiva do próprio poder público e seus agentes.
Em segundo lugar, viola o subprincípio da modicidade das tarifas, explicitado pelo artigo  da Lei 8.987 /95. Por este, a administração pública tem que aplicar a menor cobrança tarifária possível, como obrigação de garantir acesso ao serviço, de forma igualitária, contínua, com continuidade e qualidade. E, à toda evidência, em período de crise econômica, perda de direitos sociais e queda do número de empregos, um aumento repentino e elevado viola esta norma.
Em terceiro plano, verifica-se como um ato unilateral dos hipersuficientes Poder Público e do concessionário do serviço, em detrimento dos consumidores hipossuficientes. Daí porque também viola os artigos 29 e 39 do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90.
Portanto, o aumento da tarifa de luz se constitui em ato ilegal, contrário ao sistema jurídico brasileiro, cabendo ao usuário e às instituições legitimadas pleitear o seu desfazimento, administrativamente ou perante o Poder Judiciário, sem prejuízo da verificação de responsabilidades do Poder Público e das autoridades que lhe deram causa.

Aumento da tarifa de luz; ILEGALIDADE

Aumento da tarifa de luz: ilegalidade

Publicado por Georges Humbert - 4 semanas atrás
160
Recentemente o Governo Federal, através de ato do Poder Executivo produzido pela agência Reguladora competente, tem autorizado substanciais aumentos na tarifa a ser paga pelos usuários do serviço de energia elétrica, alcançando, em média, quase 50%. Trata-se de aumento ilegal.
Primeiramente porque viola o princípio constitucional da eficiência, previsto no art. 37. Isto porque, é dever da administração pública planejar as políticas públicas. Porém no caso, é notório que não ocorreu, pois em 2013 houve redução tarifária, estímulo ao consumo e má gestão da política de geração de energia, derivando para o uso de matrizes de produção mais onerosas, por culpa exclusiva do próprio poder público e seus agentes.
Em segundo lugar, viola o subprincípio da modicidade das tarifas, explicitado pelo artigo  da Lei 8.987 /95. Por este, a administração pública tem que aplicar a menor cobrança tarifária possível, como obrigação de garantir acesso ao serviço, de forma igualitária, contínua, com continuidade e qualidade. E, à toda evidência, em período de crise econômica, perda de direitos sociais e queda do número de empregos, um aumento repentino e elevado viola esta norma.
Em terceiro plano, verifica-se como um ato unilateral dos hipersuficientes Poder Público e do concessionário do serviço, em detrimento dos consumidores hipossuficientes. 
Daí porque também viola os artigos 29 e 39 do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90.
Portanto, o aumento da tarifa de luz se constitui em ato ilegal, contrário ao sistema jurídico brasileiro, cabendo ao usuário e às instituições legitimadas pleitear o seu desfazimento, administrativamente ou perante o Poder Judiciário, sem prejuízo da verificação de responsabilidades do Poder Público e das autoridades que lhe deram causa.

terça-feira, 7 de julho de 2015

ENGENHARIA HIDRÁULICA - Importância dos conhecimentos para a engenharia civil.

Engenharia hidráulica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Engenharia Hidráulica)

Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, obra de engenharia hidráulica do século XVIII.
engenharia hidráulica o ramo da engenharia civil que se ocupa do fluxo e do transporte de fluidos, especialmente de águasesgotos. A sua atividade também se relaciona intimamente com a da engenharia sanitária e com a da engenharia do ambiente.
Este ramo da engenharia civil é responsável pela realização de projetos como os de sistemas de esgotos, de redes de abastecimento de água, de sistemas de irrigação, de sistemas de drenagem, de obras portuárias, de barragens e de hidrovias
A engenharia hidráulica aplica os princípios da mecânica dos fluidos aos problemas ligados à recolha, armazenamento, controlo, transporte, regulação, medição e uso das águas. Uma característica destes sistemas é a do uso extensivo da gravidade como força motriz para provocar a movimentação dos fluidos. A engenharia hidráulica também se preocupa com as correntes de água, com o transporte de sedimentos através dos cursos de água, e com a interação da água com os seus limites aluviais.

História[editar | editar código-fonte]

Os primeiros projetos de engenharia hidráulica foram desenvolvidos há milhares de anos na roma antiga e destinavam-se à irrigação dos campos agrícolas. Desde então, têm sido constantes as obras para o controle e abastecimento de água para a produção de alimentos. As primeiras máquinas hidráulicas - das quais a primeira foi o relógio de água - apareceram no início do segundo milénio a.C.. Outros exemplos de sistemas que faziam uso da gravidade para fazer mover a água eram o sistema Qanat na antiga Pérsia e o semelhante sistema Turpan na antiga China, bem como os canais de irrigação no Peru.
Na China antiga, a engenharia hidráulica estava altamente desenvolvida, sendo construídos enormes canais com diques e barragens para canalizar a água para irrigação, e eclusas que permitiam o atravessamento de navios. De entre os projetistas destes canais, notabilizou-se Sunshu Ao, considerado o primeiro engenheiro hidráulico chinês. A Ximen Bao - outro importante engenheiro hidráulico chinês - foi creditado o início da prática da irrigação em larga escala através de canais, durante o Período dos Reinos Combatentes (481 a.C. a 221 a.C.). Ainda hoje, os engenheiros hidráulicos são alvo de um grande respeito na China, um exemplo sendo o seu atual presidente, Hu Jintao que foi um antigo engenheiro hidráulico.
No século VI a.C., foi construído o Tunel de Eupalinos pelo engenheiro grego Eupalinos de Mégara, um enorme feito tanto de engenharia civil como de engenharia hidráulica. Em termos de engenharia civil, o aspeto notável foi o fato do túnel ter sido escavado a partir de ambas as estremidades, o que obrigou a um trabalho de grande precisão de modo a permitir que os dois troços do túnel se encontrassem um com o outro e de modo a garantir um pendente suficiente para a água fluir.
A engenharia hidráulica tornou-se altamente desenvolvida no Império Romano, onde foi especialmente aplicada à construção e à manutenção de aquedutos para o fornecimento de água e a drenagem de esgotos urbanos. Além de proverem as necessidades dos cidadãos em termos de água, os engenheiros romanos usaram meios hidráulicos de mineração, para a prospecção e extração de depósitos aluviais de ouro e de outros minérios como o estanho e o chumbo.
Posteriores avanços na engenharia hidráulica ocorreram no mundo islâmico, entre os séculos VIII e XVI, no período que é conhecido como a "Idade de de Ouro do Islão". De particular importância era o sistema tecnológico de gestão da água, fulcral para a Revolução Agrícola Árabe e um precursor da moderna tecnologia. Os vários componentes deste sistema foram desenvolvidos em diferentes regiões da EuropaÁsia e África, dentro e fora do mundo islâmico. Contudo, foi nas regiões islâmicas medievais que o sistema de gestão da água foi montado e padronizado, sendo subsequentemente difundido para o resto do mundo. Sob o domínio unificado do Califado islâmico, diferentes tecnologias hidráulicas regionais foram montadas num sistema tecnológico de gestão da água que viria a ter um impacto global. Nos vários componentes de várias origens regionais deste sistema incluiam-se canais, barragens, o sistema Qanat persa, aparelhos de elevação de água como a nora, o shaduf e a bomba de parafuso do Egito, o moinho de vento do Afeganistãosaqiya da Espanha muçulmana, a bomba recíproca doIraque e o sistema hidráulico com engrenagens da Síria.

O engenheiro hidráulico[editar | editar código-fonte]

O engenheiro hidráulico ou de recursos hídricos, pode ser especializado em Engenharia sanitáriaHidrologiaHidráulica fluvial, ou ainda em Hidráulica marítima, planeja e orienta, dentre outras coisas, o uso da água de bacias hidrográficas, elaborando Planos Diretores de Bacias Hidrógráficas. Ele também pode desenvolver planos de redes de água e de esgotosirrigação e drenagem, além de projetar canaisportosmolhesdiquesquebra-marespíers e barragens, usinas hidrelétricas, etc. Este profissional também pode acompanhar a exploração de lençóis subterrâneos e o tratamento de águas contaminadas, trabalhar em gestão ambiental dos recursos hídricos, assim como pode trabalhar em modelos físicos ou matemáticos em Laboratórios de Hidráulica.
A organização, a iniciativa e o interesse por questões sociais, ambientais e ecológicas são alguns traços de personalidade que ajudam o profissional a ter sucesso no mercado de trabalho.
O engenheiro hídráulico ou de recursos hídricos pode atuar em laboratórios de hidráulica ou em empresas de consultoria voltadas à estudos hidrológicos, projetos de obras fluviais ou marítimas, criação de sistemas de irrigação, drenagem, saneamento, bombeamento e desenvolvimento de canais, portos e barragens, projeto de grandes ou pequenas centrais hidrelétricas (PCH). Pode ainda desenvolver projetos de investigação e remediação de solos e águas subterrâneas contaminadas.

Engenharia hidráulica no Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil desde Maurício de Nassau possuiu ou produziu respeitados engenheiros sanitaristas e hidráulicos, tais como Saturnino de BritoSaturnino de Brito FilhoHildebrando GóisLucas Nogueira GarcezPedro Parigot de SousaJosé Martiniano de Azevedo NetoFlavio Lyra, Díocles Rondon, Marco Siciliano, Jorge Rios, André Balança ,Theóphilo Benedicto Ottoni Netto etc.
No Brasil, o exercício da profissão exige inscrição no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • PRASUHN, Alan L. Fundamentals of Hydraulic Engineering, Nova Iorque: Holt, Rinehart, and Winston, 1987.
  • BURKE, Edmund, "Islam at the Center: Technological Complexes and the Roots of Modernity", Journal of World History, University of Hawaii Press, junho de 2009
  • HILL, Donald Routledge, "Mechanical Engineering in the Medieval Near East", Scientific American, maio de 1991.
  • HILL, Donald Routledge, A History of Engineering in Classical and Medieval Times, Routledge, 1996.
  • GANCHY, Sally, GANCHER, Sarah, Islam and Science, Medicine, and Technology, The Rosen Publishing Group, 2009.
  • TURNER, Howard, Science in Medieval Islam: An Illustrated Introduction, University of Texas Press, 1997.
  • RIOS, Jorge L. Paes - "Estudo de um Lançamento Subfluvial.Metodologia de Projeto e Aspectos Construtivos do Emissário de Manaus" - Congresso Interamericano de AIDIS - Panamá, 1982.
  • AZEVEDO Netto et al. - Manual de Hidráulica - Editora Blucher - São Paulo, 2001.